Sobre o Curso

A partir de fevereiro de 2001 o Curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina passou a funcionar de acordo com o modelo de currículo denominado “cooperativo”, no qual a formação do engenheiro não é feita apenas na universidade, mas também nas empresas, mediante estágios curriculares conveniados.

O curso contém 6 estágios (de 14 semanas cada). Ressalte-se, no entanto, que a inserção dos estágios no currículo não se faz em detrimento da formação acadêmica, que continua rigorosamente a mesma, mas acrescentando-se a ela. Para tanto, note-se ainda que não é aumentado o tempo de duração do curso, que continua programado para realização em 5 anos. O que se faz é diminuir o atual tempo de férias dos estudantes (de mais de 100 dias por ano, para cerca de 50 dias), de modo que o calendário anual comporte, em vez de dois períodos de atividades (dois semestres), três períodos (três trimestres).

Portanto, em 5 anos, o curso têm 15 trimestres de atividades, isto é, 9 fases acadêmicas (A1 a A9) e 6 de estágio (E1 a E6), conforme apresentado no curriculo.

Esse modelo – em que se estabelece uma cooperação entre a universidade e as empresas para a formação dos profissionais – surgiu na Universidade de Waterloo, no Canadá, em 1957, estendendo-se depois a várias outras instituições, em substituição ao modelo convencional, que é essencialmente acadêmico. No Brasil, a Escola Politécnica da USP o adota desde 1989, em três cursos (engenharia de computação, de produção e química). E um semelhante modelo, denominado “dual”, é aplicado pelos centros tecnológicos alemães.

Saliente-se, portanto, que o Curso nasceu com o escopo, entre vários outros, de oferecer aos alunos uma sólida formação acadêmica (principalmente teórica). Mas, ao lado disso, teve-se a preocupação de também oportunizar aos estudantes uma boa formação prática, particularmente através de estágios na indústria.

Os estágios são hoje em dia o principal fator de motivação dos alunos pelo curso; basicamente, pelas oportunidades que oferecem de aplicação da teoria na prática, pela possibilidade de testar e desenvolver aptidões e capacidades, pela vivência e contatos com o ambiente profissional e, conseqüentemente, pela abertura de perspectivas de emprego/trabalho dentro da engenharia.